terça-feira, 2 de julho de 2013

Lula nega ser candidato e Dilma apressa plebiscito

| 2 de julho de 2013

O ex-presidente Lula disse ontem, em entrevista ao jornal Valor, que a presidenta Dilma Rousseff ainda é a melhor candidata para 2014 e que ela está fazendo tudo direitinho e no tempo certo, ao referir-se ao trato das manifestações de rua dos últimos 20 dias. Por sua vez, Dilma
— A Dilma é a mais importante candidata que nós temos, a melhor. Não tem ninguém igual a ela para ser candidata à Presidência da República. Portanto ela será a minha candidata — ressaltou ele. Sobre a queda da presidenta nas pesquisas, Lula disse que elas não o preocupa poic, como candidato sofreu tombos aoarentemente irreversíveis, a ponto de até ter pensado em renunciar ao páreo:
— Não me preocupa. Se tem um cidadão que já subiu e desceu em pesquisa fui eu. Em 1989 teve um dia no mês de junho que eu queria desistir de ser candidato porque eu tinha caído tanto que ia sair devendo para o Ibope (risos). Então eu cheguei a pensar em desistir porque não tem como eu pagar voto. Só tenho o meu. E depois com tantos figurões disputando a eleição fui eu que fui para o segundo turno.
O ex-presidente, Dilma ainda comentou que Dilma teve uma reação imediata aos protestos de rua e também falou sobre a natureza dos protestos.
— Na medida em que as pessoas vão evoluindo vão querendo mais. Eu acho importante. Eu acho que se as pessoas questionam custo da Copa as pessoas que organizaram, que contrataram tem que mostrar. Não tem nenhum problema fazer esse debate com a sociedade. E é fazendo o debate que você separa o joio do trigo. Quem quer realmente debater, está interessado em fazer coisa séria e aquilo que é justo. Nesse aspecto Dilma tem tido um comportamento importante. De entender o movimento, tentar dialogar com o movimento e construir as propostas possíveis. Se a gente tiver qualquer preocupação com o exercício da democracia é muito ruim.
Clique aqui para o texto da entrevista de Lula, no site de O Globo. 
Por sua vez, a presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (1), em entrevista coletiva durante reunião ministerial na Granja do Torto, que enviará nesta terça-feira (2) ao Congresso Nacional mensagem com a sugestão de plebiscito para a reforma política. Segundo Dilma, o conteúdo sugerido tratará de financiamento de campanha e do padrão eleitoral.
“Uma consulta sobre reforma política não pode ser exaustiva, no sentido de que tenha muitas questões. Porque fica muito difícil fazer a consulta. Acho que, basicamente, não é que serão as únicas sugestões, mas diz respeito ao financiamento das campanhas e ao padrão eleitoral, de voto vigente. Se é proporcional, se é distrital, se é misto”, afirmou Dilma.
A presidenta disse esperar que a reforma tenha validade já no próximo pleito, em 2014. Mas lembrou que a definição depende de consulta feita ao Tribunal Superior Eleitoral, que deve definir o prazo necessário para a organização e a realização do plebiscito. Outro fator, segundo Dilma, é o andamento da matéria na Câmara dos Deputados e do Senado Federal, responsáveis por convocar a votação.
“Do nosso ponto de vista, seria de todo oportuno. Mas nós não temos como definir isso. Depende do prazo que der o Tribunal Superior Eleitoral e, em função desse prazo, que eu não sei qual será, depende do Senado e da Câmara. (…) Eu gostaria muito, para levar em conta toda essa energia que nós vimos nas mobilizações que tivesse efeito sobre a eleição”, explicou.
Sobre as manifestações dos últimos dias, a presidenta disse que existe um desejo de mais participação e por isso o plebiscito é importante, para que haja protagonismo da população, para que o povo seja consultado. Ela afirmou que determinou aos ministros a aceleração da gestão e da execução dos projetos que já estão em andamento. Sobre o gasto público, Dilma afirmou que não haverá redução de gastos na área social.
“A população mais pobre pode ter certeza – o meu governo jamais negociará redução de gasto social. (…) O povo na rua não pediu redução de gasto social e eu não farei. Cortar Bolsa Família, jamais”, disse.

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