Lula cria instituto com seu nome e deixa reforma política de lado
Segundo Paulo Okamoto, diretor-presidente da organização, Lula vai tentar acelerar projetos conversando direto com parlamentares
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu cerca de 40 lideranças das áreas política, empresarial, movimentos sociais e acadêmica nesta segunda-feira em um hotel de São Paulo para formalizar a criação do instituto que leva seu nome. A reforma política, que deveria ser o principal ponto da agenda interna do ex-presidente, foi deixada de lado. A reforma é objeto de pessimismo entre os próprios correligionários de Lula no PT.
Segundo o ex-presidente do Sebrae Paulo Okamoto, diretor-presidente do Instituto Lula, o ex-presidente desistiu de fazer sugestões para a reforma política e vai se contentar em conversar com dirigentes partidários para tentar imprimir ritmo mais forte aos projetos em trâmite no Congresso.
Alvo de críticas por supostamente interferir no governo da presidenta Dilma Rousseff, Lula vai, pelo menos por enquanto, enfocar temas externos. As prioridades do instituto serão o desenvolvimento da África, integração da América Latina e criação de um museu para guardar o acervo acumulado em oito anos de governo.
“A preocupação é não ter qualquer interferência no governo Dilma. O papel é mais de política de Estado do que políticas de governo. Interessa ao país ter ex-presidentes que possam representar o Brasil no exterior. Em outros países isso é comum”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, um dos associados do novo instituto.
O estatuto da organização, aprovado durante o encontro, prevê a possibilidade de o instituto receber dinheiro público. No item 13, o documento abre espaço para que a entidade firme convênios com o setor público. Mas, segundo os diretores do instituto, Lula pretende contar apenas com doações de empresas e pessoas físicas para financiar as atividades da entidade.
“Vamos buscar empresas que possam contribuir. O instituto vai usar somente recursos privados. Já optamos por não criarmos o instituto em formato de Oscip (Organização Social de Interesse Público) para deixar claro que não queremos dinheiro do governo”, disse Okamoto.
Mas, de acordo com o deputado José de Filippi Jr. (PT-SP), diretor da entidade e ex-tesoureiro das campanhas de Lula em 2006 e Dilma em 2010, existe a possibilidade de parcerias em projetos específicos.
Segundo o ex-ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia, que também é associado, um dos objetivos da entidade é replicar em países da África e América do Sul projetos sociais bem sucedidos do governo Lula.
Lula reuniu um grupo de peso para marcar a estréia do instituto. O quadro de associados conta com dois ministros (Mercadante e Celso Amorim, da Defesa), sete ex-ministros, os presidentes do PT e da CUT, intelectuais como Marilena Chauí e Maria Victoria Benevides e líderes de movimentos sociais nas áreas de reciclagem de lixo e moradia.
Durante a reunião, Lula chegou a brincar com a ideia de se continuar se dedicando à política em vez de se aposentar. “Se tivesse juízo não estaria aqui criando um instituto”, disse.
O advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula e amigo de longa data, também participou da reunião na condição de associado.
Segundo o ex-presidente do Sebrae Paulo Okamoto, diretor-presidente do Instituto Lula, o ex-presidente desistiu de fazer sugestões para a reforma política e vai se contentar em conversar com dirigentes partidários para tentar imprimir ritmo mais forte aos projetos em trâmite no Congresso.
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Cidadania/Divulgação
Lula discursa durante assembleia que criou o instituto
“A preocupação é não ter qualquer interferência no governo Dilma. O papel é mais de política de Estado do que políticas de governo. Interessa ao país ter ex-presidentes que possam representar o Brasil no exterior. Em outros países isso é comum”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, um dos associados do novo instituto.
O estatuto da organização, aprovado durante o encontro, prevê a possibilidade de o instituto receber dinheiro público. No item 13, o documento abre espaço para que a entidade firme convênios com o setor público. Mas, segundo os diretores do instituto, Lula pretende contar apenas com doações de empresas e pessoas físicas para financiar as atividades da entidade.
“Vamos buscar empresas que possam contribuir. O instituto vai usar somente recursos privados. Já optamos por não criarmos o instituto em formato de Oscip (Organização Social de Interesse Público) para deixar claro que não queremos dinheiro do governo”, disse Okamoto.
Mas, de acordo com o deputado José de Filippi Jr. (PT-SP), diretor da entidade e ex-tesoureiro das campanhas de Lula em 2006 e Dilma em 2010, existe a possibilidade de parcerias em projetos específicos.
Segundo o ex-ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia, que também é associado, um dos objetivos da entidade é replicar em países da África e América do Sul projetos sociais bem sucedidos do governo Lula.
Lula reuniu um grupo de peso para marcar a estréia do instituto. O quadro de associados conta com dois ministros (Mercadante e Celso Amorim, da Defesa), sete ex-ministros, os presidentes do PT e da CUT, intelectuais como Marilena Chauí e Maria Victoria Benevides e líderes de movimentos sociais nas áreas de reciclagem de lixo e moradia.
Durante a reunião, Lula chegou a brincar com a ideia de se continuar se dedicando à política em vez de se aposentar. “Se tivesse juízo não estaria aqui criando um instituto”, disse.
O advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula e amigo de longa data, também participou da reunião na condição de associado.
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