sábado, 5 de maio de 2012


Em homenagem a Lula, Dilma ouve pedido: veta (Josias de Souza)


Em cerimônica conjunta, cinco universidades fluminenses distinguiram Lula com o título de doutor honoris causa. O ex-soberano parecia menos desanimado que na véspera. Dispensou a bengala. Apoiado por professores, entrou no palco do teatro João Caetano sob ovação: “Lula, guerreiro, do povo brasileiro…” Discursou.
Antes, na fase em que as autoridades foram convidadas a compor a mesa, coube à atriz Camila Pitanga fazer as vezes de apresentadora. A certa altura chamou Dilma. Aguardou que a audiência a reverenciasse. Súbito, Camila sapecou:
“Vou quebrar o protocolo para fazer um pedido: veta, Dilma. Pronto, quebrei.” E a platéia: “Veta, veta, veta…” Referiam-se, obviamente, ao Código Florestal, votado na Câmara durante uma sessão em que os agrodeputados prevaleceram.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Lula usa bengala e fala após sete meses em seminário no Rio




Lula usa bengala e fala após sete meses em seminário no Rio - 1 (© Tasso Marcelo AE)


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Caminhando com uma bengala, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do seminário em comemoração aos 60 anos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesta quinta

quarta-feira, 2 de maio de 2012

1º de Maio: FHC tira do baú velha foto com Lula



Para celebrar o Dia do Trabalhador, Fernando Henrique Cardoso abriu o baú. Encomendou à equipe do Instituto FHC que veiculasse em sua página no Facebook uma foto do tempo em que a política brasileira era em preto e branco. De um lado, a ditadura. Do outro, os que se opunham a ela.
Corria o ano de 1978, recorda a assessoria de FHC. “Os dois futuros presidentes do Brasil, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, distribuíam panfletos a trabalhadores na porta de uma montadora de carros em São Bernardo. Na época, FHC era candidado ao Senado e, com opoio de Lula, pedia votos aos operários.”
O texto não menciona. Mas, nessa ocasião, os dois chegaram a cogitar a hipótese de fundar um partido de linha socialista. A ideia não vingou. Separaram-se. FHC aninhou-se na banda esquerda do velho MDB. Lula foi criar o PT. Mais tarde, a queda da ditadura faria do Brasil um país multicolor. Desapareceu a velha lógica do nós contra eles.
Trafegando por diferentes tons de cinza, FHC e Lula encaixaram as respectivas biografias entre um passado que já era e um futuro que parecia não chegar nunca. Com erros e acertos, cada um à sua maneira, a dupla ajudou a reconstruir o presente.
Maduros, poderiam erguer um brinde à complementariedade que faz do Brasil uma economia estável de duas décadas. Mas a história, essa ponte que liga o incompreensível ao insabido, cuidou de estreitar-lhes a inimizade.