O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo" publicada nesta sexta-feira (30), que "estaria morto" se perdesse a voz. Foi a primeira entrevista concedida por Lula desde o anúncio do desaparecimento do tumor na laringe.
"Eu tinha mais preocupação de perder a voz do que de morrer. Se eu perdesse a voz, estaria morto. Tem gente que fala que não tem medo de morrer, mas eu tenho. Se eu souber que a morte está na China, eu vou para a Bolívia", afirmou o ex-presidente ao jornal.
Na quarta (28), o Hospital Sírio-Libanês informou que os exames mostraram "ausência de tumor visível". Lula teve câncer de laringe diagnosticado em outubro do ano passado. Conforme o hospital, o ex-presidente seguirá com sessões de fonoaudiologia e fará avaliações periódicas. A cura do câncer só é anunciada pela equipe médica cinco anos após resultados negativos.
Na entrevista ao jornal, Lula também comparou o tratamento realizado nos últimos meses a uma "bomba de Hiroshima". O ex-presidente também lembrou emocionado a luta do seu ex-vice José Alencar, morto em março do ano por conta de um câncer.
"Eu, que convivi com ele tanto tempo, não tinha noção do que ele passou. A gente não sabe o que é pior, se a quimioterapia ou a radioterapia. Uns dizem que é a químio, outros que é a rádio. Para mim, os dois são um desastre. Um é uma bomba de Hiroshima e, o outro, eu nem sei que bomba é. Os dois são arrasadores", disse Lula, segundo o jornal.
"É uma doença que eu acho que é a mais delicada de todas. É avassaladora. Eu vim aqui com um tumor de três centímetros e de repente estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim."
Lula, que emagreceu 16 quilos no tratamento de acordo com a reportagem da "Folha", também disse que não quer tomar nenhuma "decisão maluca" em relação a seu futuro político. "Eu vou tomando as decisões com o tempo. Uma coisa eu tenho a certeza: eu não farei a agenda que já fiz. Nunca mais eu irei fazer a agenda alucinante e maluca que eu fiz nesses dez meses desde que eu deixei o governo."
Eleição em SP
Sobre o seu afilhado político na eleição para a Prefeitura de São Paulo, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, Lula disse considerar que ele é "o melhor candidato" e que vai "surpreender muita gente".
"E desse negócio de surpreender muita gente eu sei. Muita gente dizia que a Dilma era um poste, que eu estava louco, que eu não entendia de política. Com o Fernando Haddad será a mesma coisa."
Ele disse que pretende apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014, mas não descartou uma futura candidatura à Presidência da República. "Para mim não tem 2014, 2018, 2022. Deixa eu contar uma coisa para vocês: eu acabei de deixar a Presidência da República, tem apenas um ano e quatro meses que eu deixei a Presidência.[...] E depois é o seguinte: você precisa esperar o tempo passar. Essas coisas você não decide agora. Um belo dia você não quer uma coisa, de repente se apresenta uma chance, você participa."
"Eu tinha mais preocupação de perder a voz do que de morrer. Se eu perdesse a voz, estaria morto. Tem gente que fala que não tem medo de morrer, mas eu tenho. Se eu souber que a morte está na China, eu vou para a Bolívia", afirmou o ex-presidente ao jornal.
Na quarta (28), o Hospital Sírio-Libanês informou que os exames mostraram "ausência de tumor visível". Lula teve câncer de laringe diagnosticado em outubro do ano passado. Conforme o hospital, o ex-presidente seguirá com sessões de fonoaudiologia e fará avaliações periódicas. A cura do câncer só é anunciada pela equipe médica cinco anos após resultados negativos.
Na entrevista ao jornal, Lula também comparou o tratamento realizado nos últimos meses a uma "bomba de Hiroshima". O ex-presidente também lembrou emocionado a luta do seu ex-vice José Alencar, morto em março do ano por conta de um câncer.
"Eu, que convivi com ele tanto tempo, não tinha noção do que ele passou. A gente não sabe o que é pior, se a quimioterapia ou a radioterapia. Uns dizem que é a químio, outros que é a rádio. Para mim, os dois são um desastre. Um é uma bomba de Hiroshima e, o outro, eu nem sei que bomba é. Os dois são arrasadores", disse Lula, segundo o jornal.
"É uma doença que eu acho que é a mais delicada de todas. É avassaladora. Eu vim aqui com um tumor de três centímetros e de repente estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim."
Lula, que emagreceu 16 quilos no tratamento de acordo com a reportagem da "Folha", também disse que não quer tomar nenhuma "decisão maluca" em relação a seu futuro político. "Eu vou tomando as decisões com o tempo. Uma coisa eu tenho a certeza: eu não farei a agenda que já fiz. Nunca mais eu irei fazer a agenda alucinante e maluca que eu fiz nesses dez meses desde que eu deixei o governo."
Eleição em SP
Sobre o seu afilhado político na eleição para a Prefeitura de São Paulo, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, Lula disse considerar que ele é "o melhor candidato" e que vai "surpreender muita gente".
"E desse negócio de surpreender muita gente eu sei. Muita gente dizia que a Dilma era um poste, que eu estava louco, que eu não entendia de política. Com o Fernando Haddad será a mesma coisa."
Ele disse que pretende apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014, mas não descartou uma futura candidatura à Presidência da República. "Para mim não tem 2014, 2018, 2022. Deixa eu contar uma coisa para vocês: eu acabei de deixar a Presidência da República, tem apenas um ano e quatro meses que eu deixei a Presidência.[...] E depois é o seguinte: você precisa esperar o tempo passar. Essas coisas você não decide agora. Um belo dia você não quer uma coisa, de repente se apresenta uma chance, você participa."