segunda-feira, 9 de maio de 2011

Passaportes diplomáticos estão de acordo com as regras, diz Itamaraty (Postado por Erick Oliveira)

O Itamaraty informou nesta segunda-feira (9), por meio de nota, que todos os passaportes diplomáticos expedidos até o dia 24 de janeiro deste ano foram concedidos “em estrito cumprimento às regras”.
O comunicado foi divulgado após o Ministério Público Federal afirmar, na semana passada, que estuda medidas para resolver a situação dos passaportes diplomáticos concedidos pelo governo brasileiro a quatro filhos e três netos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não existem, no entendimento deste Ministério, quaisquer elementos que justifiquem questionamentos à motivação ou à legalidade dos referidos atos [emissão de passaportes diplomáticos]”, afirmou o Itamaraty no texto.
No início de abril, o MPF fez pedido ao Itamaraty para que fossem recolhidos os passaportes diplomáticos. De acordo com a assessoria do ministério, a resposta encaminhada ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, dizia apenas que os documentos não foram devolvidos, nem recolhidos.
Na nota, o governo explica ainda que, até o dia 24 de janeiro deste ano, um decreto de 2006 regulamentava a concessão de passaportes diplomáticos. O benefício era garantido a presidentes, vices, ministros de Estado, parlamentares, chefes de missões diplomáticas, ministros dos tribunais superiores e ex-presidentes.
Cônjuges e dependentes até 21 anos (24 anos caso seja estudante) ou portadores de deficiência também têm direito ao passaporte. No entanto, a legislação permitia que o ministro de Relações Exteriores autorize a expedição do documento "em caráter excepcional" e "em função de interesse do país".
Uma portaria, publicada no dia 25 de janeiro, criou novas regras para a emissão do documento. A concessão dos passaportes diplomáticos passou a ser permitida apenas quando houver uma solicitação formal e fundamentada por parte da autoridade máxima do órgão competente que o requerente integre ou represente.
Leia a íntegra da nota do Itamaraty
Passaportes diplomáticos
O Ministério das Relações Exteriores concedeu passaportes diplomáticos até 24 de janeiro de 2011, sob o amparo legal do § 3º do artigo 6º do Anexo ao Decreto número 5.978, de 6 de dezembro de 2006.
A Portaria nº 98, de 24 de janeiro de 2011, do Ministério das Relações Exteriores, que estabeleceu novas normas e diretrizes para concessão de passaportes diplomáticos às pessoas não relacionadas nos incisos do art. 6º do Decreto nº 5.978, de 4 de dezembro de 2006, não torna ilegais as concessões de passaportes já realizadas.
Todos os passaportes diplomáticos expedidos pelo Ministério das Relações Exteriores até 24 de janeiro de 2011 foram concedidos em estrito cumprimento às regras do Decreto nº 5.978/2006. Não existem, no entendimento deste Ministério, quaisquer elementos que justifiquem questionamentos à motivação ou à legalidade dos referidos atos.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Desigualdade cai 9% no país em dez anos, diz IBGE


Dados da Pnad mostram maior queda da desigualdade no Nordeste. Mais da metade das famílias, porém, vive com até um salário per capita.

A desigualdade no país caiu em todas as regiões, mostram dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de Gini do rendimento mensal dos domicílios brasileiros passou de 0,521, em 2007, para 0,515, em 2008 – em 1998, quando começou a série histórica, o número era de 0,567.
Gráfico: Índice de Gini do rendimento mensal dos domicílios.
(Clique para ampliar.)
O índice de Gini varia de 0 a 1 e mede a distribuição da renda na população: quando mais próximo de 0, maior a igualdade; quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade entre o que as pessoas ganham. A evolução entre 1998 e 2008 mostra, portanto, uma queda de 9,17%.
A desigualdade caiu em todas as regiões entre 2007 e 2008. A maior desigualdade está no Centro-Oeste, onde o índice de Gini foi de 0,549, em 2008, ante 0,552, em 2007. A região mais igualitária é a Sul, com 0,477, em 2008, abaixo dos 0,498, em 2007.
A maior queda foi registrada na região Norte, de 0,498, em 2007, para 0,478, no ano passado. No Nordeste, o índice de Gini passou de 0,528 para 0,525 de um ano para o outro. Já no Sudeste a queda foi de 0,498, em 2007, para 0,492, em 2008.

Rendimento
Apesar da redução, porém, alguns dados mostram a dimensão da desigualdade que ainda existe no país. No ano passado, segundo dados da Pnad, 52% das famílias tinham renda mensal por pessoa de até um salário mínimo.
São 5,9 milhões de famílias que não têm nenhum rendimento ou ganham até um quarto de salário mínimo, que hoje equivale a pouco mais de R$ 116.
De acordo com o IBGE, os 10% dos trabalhadores com os rendimentos mais baixos ganharam 1,2% do total da renda em 2008, número que era 1,1% em 2007. Já os 10% com os maiores rendimentos concentram 42,7% do total da renda, uma queda em relação aos 43,3% em 2007.
Gráfico: Porcentagem das famílias segundo a renda mensal per capita, em salários minímos.
(Clique para ampliar.)

O IBGE destaca que o rendimento subiu para todas as faixas de renda da população, mas subiu mais nas faixas mais baixas. Por exemplo, entre os 10% que têm os rendimentos mais altos, eles subiram 0,3%; entre os 10% que têm os rendimentos mais baixos, a alta foi de 4,3%.

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Fonte: G1
Postado por: CT 18/09/09

Para ler mais sobre o Índice de Gini, clique no seguinte LINK:

http://www.google.com.br/search?hl=&q=indice+de+gini+-+s%C3%A9rie+hist%C3%B3rica&sourceid=navclient-ff&rlz=1B3GGLL_pt-BR___BR377&ie=UTF-8